segunda-feira, julho 31

�... o mirante ...�

�... o mirante ...� Recado a Vinícius

Não fica bem a um marmanjo como eu já pra bater os 24 anos ficar por aí aprendendo certas coisas. Dia desses, por exemplo, reuni coragem, envesguei os olhos numa lufada de vento que chegava e, para meu alívio, devo confessar, continuei normal! Já noutro, filosofando com siris na areia sob a sombra agradável dum coqueiro ao meio-dia, quase que recebo um coco na cabeça. E não faz muito tempo me pego a conhecer a obra de Èrico Veríssimo, pra não dizer que o violão me chegou depois dos vinte. È grave, muito grave.
Outro caso foi que mês e pouco atrás estava era eu me entregando com fitinha do Bonfim no pulso e tudo a uma menina linda que só ela. Dessas que um mês é uma década em não dizer-se apaixonado. Dessas que te fazem crer ter encontrado a medida da metáfora para um poeta desprovido de recursos líricos. E eu segui tudo, meu poeta: abri conta no florista, aprendi a cozinhar, olhava-a sempre como minha primeira namorada, tive peito de remador, fui cortês e bom bebedor. Tudinho mesmo. Éramos feito ligação iônica: ninguém perdia. Mas não sei de qual das 32 direções da bússola veio tal borrasca que a tudo levou para longe, mas muito longe.
E disso aprendi a desconfiar de cartilhas Para viver um grande amor, meu Deus! Pois são outros tempos, Vinícius, caro poetinha, são outros tempos, seu bon-vivant de talento maior, são outros tempos...

a lua branca e meus sonhos negros

A lua em estado de graça
Sintoniza o sonho e o chão,
Apesar de nas ruas da desgraça
Converger-se em pueril aflição

sábado, julho 29

então, vai sendo (re)aberto este espaço, para que possamos dividir ideias, textos, besteiras...

"cath a fire"...