Angustia travada
Por quê?
Não sei nada
Mas me desacata
E redoma-se a mim
Não dizes
Percalsa
Aflora
Desata
E me desacata
Redoma-se a mim
Angustia obtusa
Desflora-me
Abusa
Meirinha
Aplainada
Que me desacata
E redoma-se a mim
Menina calada
Me tira a palavra
Que não se desata
E termina sem fim
Angustia sufoco
Que torna-me louco
Se vá na calada
E deixe-me em mim
menina devolva
Meus versos que rouba
Pois deixando-me louco
Será o seu fim
Angustia venérea
Me deixa sem rédeas
Pois me desacata
E redoma-se a mim
Mas já ta na hora
De ires embora
Angustia safada
Será o seu fim
quinta-feira, novembro 29
terça-feira, novembro 13
domingo, novembro 11
terça-feira, novembro 6
segunda-feira, novembro 5
trecho de Vanguarda e Subdesenvolvimento de ferreira gullar
Esta etapa da arte política, no Brasil, colocou alguns problemas novos e, de novo, alguns problemas velhos. Destes, o mais importante foi a volta à radicalização cepeciana, à subestimação dos problemas estéticos e culturais em função da denúncia e da propaganda política, que se verificou não apenas em grupos teatrais universitários mas também em grupos profissionais. O outro problema surgido foi o abandono do sentido didático (brechtiano) do teatro político em favor de uma posição irracionalista, que libera o dinamismo das formas cênicas e às vezes atinge o nível da pura e simples agressão ao público. Esta tendência, como a anterior, decorre de uma visão política da situação brasileira, cujo fundo é o revolucionarismo de classe média.
sexta-feira, novembro 2
Considerações sobre alberto caeiro
O que mais achei engraçado na filosofia de Alberto Caeiro, foi a sua criação de um sistema de negações dos sistemas, diria ser um passo infantil para um niilismo afirmador. Talvez ele tenha agido dessa forma para fazer-se entender pelo homem comum ou talvez por impossibilidade de exprimir o inexprimível na língua portuguesa. No fim fica essa incógnita irrelevante. Entretanto, como vinha dizendo, o que realmente me chamou à atenção foi sua boba noção de mundo como “indiferença” se é que me entendem. Na sua indiferença mundana a manifestação da vida era nula, como se o caráter significativo desta fosse um falseamento dela mesma, como se os significados fossem externos as coisas, enfim uma indiferença tacanha pra não dizer Oriental.
O que ele esqueceu é que a sua “indiferença” é um portal significativo como qualquer outro
O que ele esqueceu é que a sua “indiferença” é um portal significativo como qualquer outro
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