segunda-feira, janeiro 7

duvida para martim

cara ai esta um texto seu que tah no blog
eu queria tirar umas duvidas sobre ele
que me interessou por dois motivos: nele vi pela primeira vez a idea de esquecimento do ser, e a frase final eu achei poetica e com uma fluidez retada, e entendi minutos antes de fazer esse texto. Ai vão as duvidas:

O que vem a ser o esquecimento do ser pra vc?(seria n se colocar na fluidez da existencia? N "obedecer" o inesperado?
E esse mal estar coletivo que causa esses pensamentos novos, por que causa esse mal estar?

valeu ai cara
sei que vai me responder!


trecho do trabalho sobre Heráclito: "À experiência da origem"

O pensamento, em sua morada própria, em seu fazer-se primordial, arcaico, parece ser, para a cultura dominante sempre um mal-estar. Deveras, não é nada fácil distinguir os sinais de cura e/ou adoecimento de cada febre; mas, além disto (já que hoje em dia somos tão bem-informados) a questão parece ser que se for permitido a qualquer um que pense livremente, não demorará muito a que se pronunciem "por aí" estes "tipos" de pensamentos "livres e desagradáveis", causando um mal-estar coletivo e, consequentemente, perigoso. Segundo Freud, trocamos imensas possibilidades de contentamento por muito pouca segurança. É certo que, apesar de todas as conquistas do tão festejado desenvolvimento da civilização técnico-científico-industrial, os seres humanos continuam com a mesma, e cada vez mais exacerbada, percepção de si e da natureza enquanto objetos a serem dominados... Esta é a desmesura (Hybris), que parece acompanhar e se desenvolver junto com a história do pensamento no Ocidente, a história do esquecimento do Ser. O pior dos incêndios, talvez exatamente por permanecer imperceptível a arrogância humana. É preciso obedecer, isto é, é preciso estar à escuta e à espera do inesperado - fazer a cama em suas proximidades, pré-parar todo o fluxo do pensamento para, enfim, deixar o extraordinário brilhar e presentificar-se aonde sempre já esteve: no ordinário. Afinal, como alguém poderia manter-se encoberto face ao que nunca se deita?

sexta-feira, janeiro 4

Arco-íris

A lua linda e seu brilho branco
Prismatiza em seu corpo negro
Que a lança em feixes de muita alegria
Em cada cor com sua sintonia

O Vermelho é Pirajá
pois um índio em ti renascerá
Azul é tua alforria
da tristeza que sangra os dias
O verde é o nobre desejo
de ter alguém a teu peito
O amarelo é a luz do sol
o inquieto sob o lençol
O lilás é a sintonia
entre a ti e a tua alegria
O rosa é a tua flor
que deste à teu amor
E o laranja é o estilhaço
de amor pra todos os lados