O que mais achei engraçado na filosofia de Alberto Caeiro, foi a sua criação de um sistema de negações dos sistemas, diria ser um passo infantil para um niilismo afirmador. Talvez ele tenha agido dessa forma para fazer-se entender pelo homem comum ou talvez por impossibilidade de exprimir o inexprimível na língua portuguesa. No fim fica essa incógnita irrelevante. Entretanto, como vinha dizendo, o que realmente me chamou à atenção foi sua boba noção de mundo como “indiferença” se é que me entendem. Na sua indiferença mundana a manifestação da vida era nula, como se o caráter significativo desta fosse um falseamento dela mesma, como se os significados fossem externos as coisas, enfim uma indiferença tacanha pra não dizer Oriental.
O que ele esqueceu é que a sua “indiferença” é um portal significativo como qualquer outro
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3 comentários:
Ô bilis, trata-se, na minha opinião, do contrário da indiferênça... trata-se da identidade, do pertencimento da diferença, né não?
uma "não-filosofia". que, claro, abre um portal para significados, mas melhor seria dizer: deixa que os significados abram-se como portais. não é que as coisas não tenham significados, mas que "o luar detrás das arvóres" (nao me lembro mais o verso direito) é isto mesmo: o luar detrás das arvores...
mas porque repetir o mesmo tema não é mesmo? porque dizer "as coisas" repetindo "não a metafísica das coisas"?
estava com saudade de umas polemicas por aqui...
;)
Entendo o que diz... Entendo, mas não concordo com ele, simplesmente, é verdade que nele os significado das coisas está somente nas próprias coisas, mas exagera ao falar que o simbolico é um erro, sendo apenas imaginario. Até concordo que esse não se trata da verdade das coisas, mas que fala de uma verdade para as coisas, o que faz parte da vida tão somente quanto a sua "não filosofia". Quando falo ser ele um infantil é que parece comigo recém-chegadissimo nas filosofias mais niilistas(ainda sou um recém-chegado), Quando dizemos aquela frase tacanha que todos chegam a conclusão "não existe verdade". A não inesistência da verdade é muito mais que a negação de tudo, Pois a negação de tudo é a negação de nossa vida e não a negação da verdade.
Abraços
e que seja uma boa peleja...
martim, talvez demore pra vc ler isso, mas agora que eu entendo o seu questionamento final... e me clareou muitas coisas sobre o que conheço do pensamento de heiddeger.
e acho que no momento que respondi n entendi o significado genuino de se filosofar. acho que soh agora tou começando a entender.
obrigado, o tempo de existencia desse blog foi fundamental, com todas as suas errancias...
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