"Existo. É suave, tão suave, tão lento! E leve: dir-se-ia que flutua no ar por si só. Mexe-se. São leves toques, por todo lado, toques que se dissolvem e se desvanecem. Suavemente, suavemente. Há uma água espumosa em minha boca. Engulo-a, ela desliza por minha garganta, acaricia-me - e eis que renasce em minha boca, tenho perpetuamente na boca uma pequena poça de água esbranquiçada - discreta - que roça minha língua. E essa poça também sou eu. E a língua também. E a garganta sou eu."
(a náusea, pág 152. jean-paul sartre)
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