sexta-feira, fevereiro 22

Poema

Tamanha devassidão
Os dentes trincados no chão
Como uma pétala retirada
Daquela flor...
A tua amada

Mas você não tem um amor

Então segues...
Não olhai o lírio dos campos
Não procure os teus quebrantos
Siga vida senha a vida
O que sentes não é

Nada demais, porque depois ao pó
Retornarás, mas servirá pra muitas coisas

Pro charco
Pro vale
E pro urubu
Até seu olho do cú


Outro poema

Na vida tudo têm seu coringa e seu aís
Seu calado e seu cais
Seu espanto
A agonia
O farsejo que sangra o dia

Têm sempre o momento do desespero
O ato que estilhaça o peito
A verdade que destrói a mente
A loucura que desvaira a gente

E no final tudo têm um quê de ruim
E enquanto formos cristãos
Isto será nosso fim!

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