sexta-feira, novembro 17

à santos groba

aos versos que hoje faço
em muito devo a ti
que de tantas conversas resolvi começar a escrever bem.
de certo que comecei a escrever em tenra idade,
Quando em sarais improvisados fui forçado a fazer versos,
mas acontece que tomei gosto

E tendo tomado gosto, encontrei bons poemas
onde esperava menos encontrar, nesta altaneira loucura infantil,
que só ver coisas boas em lugares distantes...

Nos teus versos maduros,
de quem escreve mesmo antes de ter começado a escrever,
ví poemas que não esperava encontrar em pessoa de viver aluado
e barba jesuítica(pelo menos têm em comum o gosto pelo vinho)
e andar encurvado.

Seus poemas que mais lembram melancolias profundas
que nos entretem mesmo com sua graça medonha,
Suas comedias in-versos que nem sempre me fazem dar risada,
Suas prosas casuais que hora ou outra leio no mirante...
Mas é nos teus versos mais melancolicos que está sua poesia, versador,
e nos teus poemas conjuntos com Anadora...(Sem querer te complicar)

Nem perco meu tempo analisando-os,
criando, sobrepondo ideias minhas e dando justificativas,
os versos só são verdadeiros quando lidos casualmente
sem entregar-lhes sentido lato
e muito menos na preocupação se são- ou não - parnasianos...

vercejar bem é um dom a poucos ofertado,
e vale muito mais que um masso de cigarro

2 comentários:

tgroba disse...

mas logo nos versos melancólicos?
a palavra escrita é 50% de quem a escreve, e a outra metade è de quem a lê.acho que me vejo como borges. "acima de tudo, penso em mim como um leitor, depois como um poeta, e depois como um escritor de prosa".
e já te disse que nao acredito em dom, que coisa.
é isso fiu

Gabriel Carvalho disse...

rapaz mas de qualquer forma ele existe...
abração grobão