quarta-feira, fevereiro 28

Confissão

Ela,
Que me vem com mãos de Fevereiro
E com seios tão pequenos, plúmbeos,
Atrasando-me ao deixar sua casa;
Ela,
Que leva no rosto uma macieira
Que me obriga a parar e matar a fome;
Ela,
Que ergue no dorso
Volteado em marfim
Duas pernas jônicas,
Maior expressão da arte clássica;
Ela
Nem sabe
(e nem sei se conto:
será que o amor gela?)
Mas é o umbigo,
Onde ponho meu ouvido,
O que mais me atrai nela.

Um comentário:

Anônimo disse...

uai , que coisa mais linda!