Onde está a poesia
Efusivamente
Seu desencontro pôs-se a aparecer
Ante aos homens,
Necrófilos inquestinaveis da esperança
Encimesmadas palávras ainda
Permeiam humana vida,
Que se esvai
A aurora de permanecer, irrevogavelmente,
Hipócrita
Poesia fartou-se humanamente
Da humanidade.
Em vão poetas tentaram apazigua-la,
Mas seus argumentos foram precisos
Seus motivos inquestionaveis
E sua atitude mordaz.
Trancou-se lancinantemente
No reino das palavras, e lá
Fechou-se com alguns
Poetas mortos.
Fechada para o mundo
Poesia pôs-se a vislumbrar
Seu atual espetaculo:
cercada de letreiros torpes
Conversas fulgazes
Contos inoperados.
Poesia dignou-se a sentir pena,
Mas sem revogar seu desmundo impermeavel
Fadigou-se em brochuras
Perante píncaros
De tenaz insensatez,
Permeante o dia-a-dia.
Que prossegue ordinariamente,
Surpreendendo a cada instante
Homens e mulheres desesperançosos
Ante a falta de Poesia.
sexta-feira, março 30
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2 comentários:
e que poesia, a sua falta.
:)
não entendi
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