sábado, dezembro 16

embora passeiam meus olhos
duma caixa para outra
caem, como que dançassem,
e dançam, como que caíssem...

são as areias amareladas da minha juventude
poentes de sentimentos ambíguos
afogando-se em dúvidas.

feito em limo,
bem verdade,
feitiçado pelo vento e coberto pela aurora
andavam minhas corrupções pelo orvalho,
meu humedecer corrosivo
desfazendo-se pelas ondas...

2 comentários:

tgroba disse...

Ae martim.
muito muito bonita essa poesia cara!tem coisas que pega a gente de surpresa ali!
suas poesias já estao comigo, fiu.faltam as de anadora, e depois achar murilo e joao do violao....
acho que ainda vai demorar esse negócio...

Gabriel Carvalho disse...

eh gostei muito também