quinta-feira, dezembro 14

O dobre dos sinos
O tropel dos cavalos
A bulha das oficinas
Que anunciam?

Um coração magoativo?
Enriquecido de urânio?
Uma caneta sem tinta?
Que noite se esfria?

O mar sem marulho
Uma concha sem mar
O amor sem ódio
Que lágrima se estia?

A já chorada?
A já orvalhada?
Ou a não lembrada
De se chorar ainda?

2 comentários:

tgroba disse...

"é quase impossível chorar e perceber nitidamente o caminho das lágrimas, desde as suas raízes até os olhos" Cecília Meireles

Gabriel Carvalho disse...

"deus me deu um amor no tempo de madureza, quando frutos ou não são colhidos, ou sbem a verme." C. D. A.